Viagens

Bairros de Toquio

Tóquio foi provavelmente a cidade que mais surpreendeu durante toda a viagem. Não sei se foi por ser a primeira, se o facto de não ter grandes expectativas ou de não saber o que ia encontrar, mas foi sem dúvida a grande surpresa (pela positiva, sem dúvida).

Visitar Tóquio é complexo porque as atrações estão espalhadas por toda a cidade. Assim sendo é melhor organizar o que quer visitar por bairros. Cada bairro tem características muito únicas que o diferencia dos outros. Aqui estão organizados pela ordem que os visitamos:

Palacio Imperial – lindo, lindo, lindo principalmente os jardins e acima de tudo, gratuito! 😊

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Asakusa – foi aqui que encontramos os templos mais bonitos de Tóquio, o Sensō-ji e o Asuka Temple. Também nesta zona se pode encontrar uma rua com imensas lojas de souvenirs, que eu pessoalmente não dispenso!

Ueno – conhecido principalmente pelo parque, que nos não tivemos tempo de visitar devidamente porque estava a escurecer quando chegamos. A nossa zona preferida foi a do lago, é tao perfeito que parece que estamos a ver uma pintura.

Akihabara – é nesta zona que ira encontrar lojas de jogo. Mas não pense que estamos a falar de poker, roleta, etc. Estamos a falar de jogos daqueles que todos nos jogamos em casa. Prepare-se para passar algum tempo nestas lojas, porque ficara fascinado com o profissionalismo dos jogadores. Não é incomum encontrar pessoas saídas de escritórios a irem jogar aqui. É super divertido, não perca! Nos gostamos tanto que voltamos mais uma noite!

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Shinjuku – esta foi das minhas zonas preferidas. Cheia de néon, tal como imaginei as cidades do Japão. É nesta zona que é possível encontrar a Piss Alley e comer yakitori, a zona de Kabukicho, cheia de entretenimento (inclusive o super famoso Robot Show). Também é nesta zona que se encontra o Golden Gai, uma zona super tradicional com dezenas de pequenos bares (pequenos mesmo, tipo 5/10 lugares no máximo).

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Shibuya – é aqui que encontra aquele que se acredita que é o cruzamento mais movimentado do mundo. A melhor vista é do primeiro andar do Starbucks. Foi também neste bairro que experimentamos um robot de sushi, super engraçado. Basicamente pede-se o sushi num tablet e ele chega através de um tapete rolante. É também nesta zona que se encontra o parque Yoyogi onde se encontra o templo Meiji Jingu. Ao domingo de manha (bem cedinho) é possível encontrar vários casamentos (super giro!!). Também nesta zona se encontra a Rua Takeshita (bairro Harajuku) onde poderá encontrar várias pessoas vestidas de uma forma pouco convencional (também ao domingo).

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Ginza – este é o bairro das lojas, das compras do luxo. Quando se chega a esta zona pode-se jurar que estamos numa cidade europeia. Não achei grande piada a este bairro, não sei se foi pela chuva, pelo facto de não ser pessoa de fazer grandes compras quando estou de ferias, no entanto é aqui que se localiza a flagship store da Uniqlo, uma cadeia de roupa japonesa que tem lojas por todo o mundo, onde aproveitamos para comprar varias pecas de roupa mais baratas do que na europa.

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Tsukiji – é aqui que vai encontrar o famoso mercado do peixe. Nos não fomos ao leilão do peixe mas demos uma volta pelas lojas e comemos o melhor sushi de toda a viagem num restaurante que estava aberto 24 horas. O bairro de Ginza e Tsukiji ficam bem perto um do outro.

 

Viagens

Hakone e o Monte Fuji

Apesar das imensas criticas que li de varias pessoas que nao gostaram de visitar o Monte Fuji decidimos fazer uma visita. No entanto, como sabiamos dos riscos de  fazer esta visita decidimos entao fazer uma visita ao parque nacional de Hakone.

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Chegar a Hakone nao e’ a coisa mais facil do mundo.  Seguimos as dicas fantasticas que o J. encontrou neste blog.

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Esta viagem vale acima de tudo pelo trajecto em si. As vistas fantasticas que vimos tanto do comboio, do funicular como do barco sao de cortar a respiracao. Nao so da floresta (nao se esquecam que estamos no meio de um parque nacional), como do monte Fuji, que se consegue avistar durante varias vezes no trajecto.

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E se forem a Hakone nao se esquecam de comer os famosos ovos negros, segundo a lenda, adicionam sete anos de vida. Mas nao vale a pena abusar, so faz efeito ate dois ovos 🙂

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Ao final do dia nao se esquecam de passar num Onsen. Sendo esta uma zona termal sao varias as opcoes. Nao me recordo a qual fomos porque nao podemos tirar fotos la dentro mas foi optimo para relaxar no final de um dia tao comprido.

Dia a Dia

Não podes sentir falta do que não conheces

Isto começa a parecer quase uma rotina, cada mês é dedicado a uma temática mais sentimentalista. Depois da maternidade, do materialismo e das saudades, este mês abordo uma temática mais abstrata.

Cresci sem a minha mãe. Pronto, quem não sabia, fica a saber agora. Morreu quando eu tinha seis anos e lamento, mas poucas memórias tenho dela. E as poucas que tenho são estupidas. O nosso cérebro decora coisas parvas e o meu parece que só decora coisas mesmo anormais. Por exemplo, no outro dia comprei uma camisa bordada, não porque gostava (vá, até gostava) mas porque me lembrei que a minha mãe usava muito camisas bordadas.

Voltando ao assunto inicial, sinceramente não sinto falta da minha mãe. E porquê? Porque como não me lembro, não sei o que é ter mãe e ninguém pode sentir falta de uma realidade que conhece. Não sinto falta de ter uma mãe galinha que prepara o pequeno almoço e não deixa os filhos sequer se levantarem para ir buscar o garfo. Não só não sinto falta como acho estupido na verdade. Mães que mexem nas malas dos filhos já crescidos, que sofrem porque acham que os filhos estão a esconder alguma coisa. Lamento, mas como isso não foi uma realidade com que cresci não consigo compreender. Com o meu pai nos tinhamos de lhe dizer que tínhamos de ir comprar roupa porque a que tinha me deixava os tornozelos de fora, que havia compromissos ao fim de semana, que faltava assinar os recados na caderneta, que precisava de ir cortar o cabelo. Isso fez-me crescer com um sentido de responsabilidade que não vi muito nas pessoas a minha volta. E sim, cresci com imensas figuras maternais a minha volta: a minha tia, a minha avo, a segunda esposa do meu pai, a minha irmã. Todas foram muito importantes na minha vida e ajudaram-me a ver um pouco mais o mundo das mulheres. Mas não, não sinto falta da minha mãe. E não pensem que tive uma infância dura, pelo contrário felizmente. O meu pai e toda a minha família nos protegeram da dura realidade da vida, daquelas coisas menos bonitas. Oh que infancia boa 🙂

Viagens

Tóquio na pratica

  • Como ir do aeroporto de Narita ate Tokyo

Se pesquisar no google aparecerao diversas propostas de metros e comboios mas e’ muito mais simples do que parece, apanhe o Keisen Skyliner que o deixará mesmo no centro da cidade (Ueno) em 40 minutos. Um truque que descobri mesmo na véspera que achei super útil e não vi em nenhum blog foi comprar o comboio com volta mais metro e Toei para 3 dias e que foi uma super poupança. O bilhete pode ser comprado na estacao do aeroporto e pode juntar mais 24, 48 ou 72 horas de metro.

Mais informacoes sobre custos dos passes aqui.

  • Metro Tóquio

Sempre me descreveram o metro de Tóquio como sendo super confuso e difícil de usar.

Verdito? Não e sim.

Não porque quem já usou metros em várias cidades não terá grande dificuldade em se orientar em Tóquio. Ainda mais porque hoje em dia com o amigo Google as pesquisas sobre que transportes apanhar são feitas na hora.

E sim porque existem linhas circulares e três empresas de transportes de combóio/metro dentro de Tóquio. Na verdade pouca diferença existe entre elas e mal se nota quando se apanha o Toei, o metro ou o comboio. Na verdade a grande decisão está em que bilhete comprar. No nosso caso tínhamos Japan Rail card para quase todos os dias da viagem e este é válido para os comboios dentro de Tóquio (fáceis de identificar porque a minha começa por J), por isso só precisamos de comprar bilhetes para o Toei e metro, que custava 900 yens por dia. Quando calcularem se vale a pena ou não não pesquisem por número de vaigens mas sim por comboios/metros/toeis que vão apanhar para chegar ao destino uma vez que ao passar de umas linhas para as outras vão ter de sair e voltar a entrar no metro (ao contrario do que acontece por exemplo em Londres). No nosso caso utilizamos o Japan Rail card quando estávamos a usar o comboio (era só mostrar ao senhor que estava na barreira) e o diário para os outros (Toei e metro). Até hoje ainda estou para descobrir quais eram os toeis e quais eram os metros porque pareciam todos iguais…

  • Como se organizar em Tóquio?

Aconselho que vejam com antecedência o que querem ver e agrupem por zonas/bairros para de facto conseguirem cobrir vários pontos. Se não o fizerem vão andar sempre a saltar de zona para zona e perderão muito tempo!

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Japão – o itinerário

Não pensem que vão descobrir a pólvora por aqui. Sabíamos de antemão que não iriamos ver tudo o que queríamos pelo que baseamos a construção do nosso roteiro em dezenas de outros que vimos em diversos sites e blogs.

Dia 1 – Viagem – apanhamos um voo por volta das 10 em Londres com escala em Amesterdão.

Dia 2 – Chegada a Tóquio bem cedo, aproveitamos para explorar

Dia 3 – Visita a Hakone para ver o monte Fugi

Dia 4 a 7 – Tóquio

Dia 8 – Day trip a partir de Hiroshima para Miyajima

Dia 9 – Hiroshima

Dia 10 – Day trip a partir de Osaka para Nara e Kobe

Dia 11 e 12 – Osaka

Dia 13 – Era suposto ser Kyoto mas por causa do terramoto foi um dia perdido

Dia 14 a 16 – Kyoto

Dia 17 – Regresso a Londres, mais uma vez com escala em Amesterdão

 

O que mudaria? Como perdemos um dia por causa do terramoto acabamos por apressar muito Kyoto por isso mais um dia por la teria sido melhor.

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Japão – custos

Regressamos há uma semana e meia do japao e estou com preguiça de escrever sobre a viagem. Não tem sido fácil porque foi uma viagem completamente louca no ritmo e nas emoções. Mas isto devagarinho começará a sair. Comecemos então como sempre pelos custos:

Voos: £413.12 por pessoa com a KLM com escala em Amesterdão

Hotéis: £914 por 15 noites para os dois – cerca de 61 libras por noite ou £30.5 por noite por pessoa

JR Pass: £300 por pessoa

Refeições: £245 por pessoa

Transporte (não incluído no JR Pass): £87.5 por pessoa

Outros custos: £123.5 por pessoa

Total: £1582.2 por pessoa

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Viagens

Quando comprar um pacote hotel + voo e’ mais barato do que um voo

Sempre tive a nítida impressão que comprar voos e hotéis separados saia mais baratos. E embora este argumento seja verdade, na verdade isto não acontece sempre. Existem alguns casos que compensa ver se fica mais barato comprar um pacote:

  • Destinos de resort – tais como Cuba ou a Tunísia, uma vez que a maioria dos voos são operados ou fretados por agencias de viagem comprar um pacote de viagem fica por vezes mais barato (ou então consegue-se algo melhor) pelo mesmo preço.
  • Época altas – por vezes agencias de viagens ou companhias aéreas conseguem descontos não acessíveis ao comum dos mortais pelo que durante época alta e’ importante verificar sempre se não fica mais barato comprar tudo junto
  • British Airways – já comprei por três vezes voos + hotéis que ficaram MUITO mais baratos do que comprados separados. Em baixo podem ver um exemplo em que por mais £16.5 inclui hotel. NOTA: o voo incluido neste pacote e’ o mesmos do voo que aparece na imagem 2

Mas mais uma vez passa por pesquisar. Perder tempo, ver as várias possibilidades e não aceitar o primeiro preço. Na nossa lua-de mel, por exemplo, compramos o hotel com uma agencia (porque a hipótese que queríamos não existia fora de agencia) mas compramos os voos separados. A poupança que fizemos em fazer isto foi suficiente para fazer upgrade do quarto para uma suite, o melhor que o hotel tinha!

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Voo Londres – Sao Petesburgo + Hotel 14 a 17 de Outubro – £182 por pessoa
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Voo Londres – Sao Petesburgo 14 a 17 de Outubro – £165.51 por pessoa
Viagens

Bucareste – o que visitar?

Sabíamos à partida que não iríamos visitar a cidade mais bonita do mundo. Também sabíamos que havia muitos edifícios que precisam de levar uma remodelação. E apesar de termos as espectativas bem baixinhas Bucareste surpreendeu pela positiva.

Por causa da hora a que chegamos e da limitação de tempo que tínhamos começamos com um tour pela cidade. E que decisão tão acertada! Foi ótimo para ter uma geral da cidade, perceber as zonas e saber o que queríamos revisitar (ou visitar, uma vez que a visita não cobriu todos os pontos chave).

A cidade é possível de visitar toda a pé (que foi o que fizemos) e a maioria dos pontos estão localizados na cidade velha ou ali à volta. Uma manhã ou uma tarde é mais que suficiente para cobrir todos os pontos chave:

Palácio do Parlamento – Desenhado para alimentar o ego de Nicolae Ceauşescu, este e’ o segundo maior edificio do mundo (o primeiro e’ o Pentagono). Na verdade os romenos nao gostam nada do edificio porque nao so simboliza o comunismo como tambem representa custos enormissimos todos os anos

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Igreja Mosteiro Stavropoleos – esta pequena igreja e mosteiro e’ lindissima e nao deve ser perdida ate’ porque e’ uma hipotese unica de ver freiras ortodoxas

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Igreja Domniţa bălaşa – Construida no seculo XIX esta igreja tem uma tradicao super engracada. Todas as tercas feiras e’ normal ver dezenas de raparigas solteiras que vem pedir ao S. Antonio (esse mesmo!!) para lhes arranjar marido.

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Manuc’s Inn – onde agora se pode encontrar um restaurante (que por acaso tambem visitamos e recomendo!) foi durante muitos seculos a mais importante praca de comercio de Bucareste

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Ruinas do Vlad’s Citadel – estas ruinas sao a unica hipotese de estarem mais perto do Dracula dentro da cidade de Bucareste

Victory Boulevard – Esta e’ a maior avenida de Bucareste e e’ conhecida como sendod a Paris da Romenia, pois e’ aqui que se pode encontrar inumeros edificios de inspiracao francesa

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Viagens

Transilvânia

Embora só tenhamos passado cerca de 48 horas na Roménia sabíamos que por um lado Bucareste se veria muito rápido e por outro que tínhamos de ir a Transilvânia.

Brasov foi super aconselhado por uma colega e queríamos visitar um ou dois castelos. Embora fosse possível alugar um carro tivemos receio da estafa (e de conduzir pela Roménia) e marcamos um tour.

Assim, fizemos um dia pela Transilvânia onde visitamos o castelo de Peles, castelo Bram (conhecido como castelo do Drácula) e Brasov.

O castelo de Peles foi construido entre 1899 e 1902 pelo rei Carlos I que se apaixonou pela beleza natural da Transilvania, foi construído para servir de residência de verão ao seu sobrinho e herdeiro.

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E o que achamos?? É provavelmente tão bonito como o castelo de Versalhes (o meu preferido do mundo!). Tem de se pagar uma taxa extra para tirar fotos (que recomendo apesar da roubalheira) e compensa cada cêntimo.

O castelo de Bram, conhecido como castelo do Drácula fica a uma hora do de peles e vê-se super rápido. É uma desilusão comparado com o de Peles e ainda por cima quando se sabe que afinal nada tem a ver com o Drácula. Há quem diga que o Drácula esteve preso neste castelo mas nem isso é consensual. E certamente confirma-se que nunca lhe pertenceu. No entanto a fama acaba por arrastar pessoas à Roménia e mais precisamente à Transilvânia!

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Por fim tivemos hipótese de almoçar em Brasov e apreciar um pouco esta cidade medieval. E se valeu a pena! Aqui, ao contrário de Bucareste não havia um edifício por arranjar, uma rua menos bonita! E deu para ter noção do que seria uma cidade medieval na altura do Drácula 🙂

Reservamos a nossa viagem atraves da Travel Maker. Custou 80 euros e valeu muito a pena.2018-05-27 15.41.00