Sonhei meses com este dia. Analisei estatísticas diariamente, fiz várias previsões de quando seria, chateei todos a minha volta para marcarem o quanto antes. Vivi os dias Vs dos outros como se fossem o meu, senti-me cada vez mais protegida porque todos estavam a ter os seus dias Vs.
Para mim o dia V chegou hoje! Do nada, antes do nosso grupo etário ser chamado, o J e eu recebemos um SMS para marcarmos. Conseguimos uma vaga para dali a 14 horas e hoje tomamos a vacina. Juntos, um dia histórico para os dois ❤️.
Não houve uma pessoa com quem falasse hoje a quem não dissesse que tinha sido vacinada, os amigos e a família provavelmente já não me podem ouvir mas hoje é o início do fim para nós. O fim do medo constante, o fim das viagens que deixamos por fazer, o fim da reclusão. A cada pessoa vacinada o mundo aproxima-se mais do fim deste período tão negro.
Quando chegar a vossa vez de serem vacinados não hesitem. Não tenham medo da ciência, não acreditem em teorias da conspiração. Marquem, vão, não dói nada!
Nota: a minha segunda vacina será apenas no final de julho ou início de agosto e só aí termina o processo.
A semana passada Inglaterra (nao o Reino Unido!) passou a mais uma fase de desconfinamento podendo assim comecar a pensar em viajar um pouco mais pelo pais. Para ja so em regime de Airbnb e semelhantes, a partir de 17 de Maio, se os numeros continuarem animadores, em hoteis.
Para ja temos dois fins de semana marcados mas gostava de ouvir as vossas sugestoes, cantos escondidos, vilas amorosas… Ja visitamos bastante o pais mas nao nos importamos de repetir!
Mandem entao as vossas sugestoes para viagens em Inglaterra e no pais de Gales!
Aí está uma ótima pergunta! Na área em que trabalho não é incomum encontrar pessoas que trabalham remotamente e aproveitam para viajar a full time. Existem várias pessoas que falam sobre isso mesmo, como por exemplo a Joland. E várias pessoas já me perguntaram isso mesmo por saberem a paixão que tenho em viajar.
Na verdade, e a verdade choca algumas pessoas, nunca foi algo que sonhei. É verdade que há uns anos equacionei tirar uma licença de 3 meses para viajar (a minha empresa tem essa possibilidade) mas o trabalho do J. ficou mais complexo e pusemos essa ideia na gaveta.
As razões pelas quais viajar full time nunca nos atraiu assim tanto são bem simples: carreira e rotina. Nós amamos o que fazemos e não queremos abandonar as nossas carreiras. E também adoramos a rotina de casa, é ela que nos traz ainda mais valor a depois sair dela e aproveitar os momentos de férias.
E depois existe a parte mais prática. Gostamos de estar perto da família (o reino unido é perto de Portugal, ok?), gostamos do contacto com os amigos, gostamos de ter animais domésticos, gostamos muito da nossa casa. E tudo isto se complica se passarmos muito tempo fora da rotina habitual.
Se quando andamos em períodos com mais viagens os amigos e a família começa a pedir um pouco mais de atenção, como seria se virassemos viajantes a full time?
No último dia passamos pelo Museu da Xocolata para comprar umas lembranças e fomos até à zona de Pedralbes. Aí visitamos os jardins do Palau de Pedralbes, Finca guël, Jardins de la Villa Cecilia e Parc de Villa Amelia (não tem nada de especial esta zona). Demos um salto até ao museu de cera e fomos depois até à Barceloneta, apanhamos o teleférico até Miramar (Mont Juic) que também não merece o bilhete.
Para visitar o Montjuic aconselho que apanhem o teleférico pois é muito tempo a subir. Lá em cima o que vale mesmo a pena é a vista uma vez que o Castelo não tem nada de especial.
Descemos até à Praça de Espanha e demos um salto ao Museu Nacional de Arte.
Custos deste dia:
Museu de Cera: 9 € Teleférico Barceloneta até Miramar: 9 € Teleférico Montjuïc até à base do monte: 6 € Museu Nacional de Arte da Catalunya: 8,5 €
Uma vez que o voo era muito cedo passamos o inicio da noite no terminal de autocarro e o resto no aeroporto.
Como estou mesmo a ver que não vou ter paciência para descever a viagem toda ao pormenor vou deixar aqui um resumo com fotos.
Na segunda feira vimos de manhã a Sagrada Família (aconselho muito que comprem um audioguia), depois fomos ao Parc Guël, La Pedrera (não vale a pena entrar, basta a parte de fora), Casa Batló e descer até à Plaza Catalunya. Os custos de cada um destes locais foi: Sagrada Família: 9 € + 4€ audioguia (disponível em português) Parc Guël: GratuitoLa Pedrera: 6€Casa Batló/Casa Millá: 13.2 € (inlcui audioguia não disponível em português)Jantares e almoços ficaram em 30 e poucos euros (15 almoço + 15 jantar)
Fez agora por estes dias um ano que a vida deu uma volta de 180 graus. Que todos os planos julgavamos terem sido escrito em pedra afinal estavam numa folha de rascunho que foi amarfanhada e atirada ao lixo sem dó nem piedade.
Os nossos direitos mais básicos foram-nos arrancados. A escolha de produtos nos supermercados, sair de casa quando querermos, viajarmos até qualquer parte do mundo, abraçar pessoas. Mas restou-nos o maior direito que nunca tínhamos sequer notado estar ali, o direito à segurança de ficar em casa para evitar apanhar um vírus.
Todos nós achamos que ia ser rápido. Um mês em casa e resolve-se! Uma gripezinha destas não vai abalar o mundo, claro que não! Depois achamos que 2021 ia ser O ANO. Mas parece que 2021 não recebeu a circular e nós por casa continuamos. Este deve ser já o 6278584 período de confinamento que vivemos. Passamos a semana ansiosamente à espera do fim de semana e o fim de semana à espera da semana. Os dias são todos iguais sem nada que os distinga. Não há eventos marcados para podermos ter alguma expectativa de normalidade.
Como se diz pelo reino unido “aos nossos pais pediram-lhes que fossem às guerra, a nós só nos pedem para estarmos quietos em casa.”. Força humanidade, estamos juntos!
(nao se esquecam, estou a fazer o rescaldo de posts antigos encontrados no antigo blog!)
O domingo foi reservado para ver alguns locais perto do local onde ficamos.
Optamos por começar pelo Museu de la Xocolata que é uma visita simpática e optima para comprar gifts (de chocolate obviamente…) O bilhete base é 4,3 euros.
De seguida fomos ao Palau Musica Catalana onde infelizmente não se pode tirar fotos. O preço da visita é 11 euros com guia em inglês, castelhano e catalão.
Deixo algumas fotos para perceberem o quão fantástico é.
Como tinhamos algum tempo entre a compra do bilhete e a visita aproveitamos para dar uma volta pela Via Laietana e pelo Mercat Santa Caterina.
Da parte da tarde visitamos a Catedral de Barcelona (nota: não é a Sagrada família) que sinceramente acho que não vale a pena visitar e cujo bilhete foram 5 euros.
Depois fomos até à Praça da Catalunya e descemos as Ramblas (cuidado aqui com os roubos).
Aproveitamos para dar uma volta no Passeig de Colom a caminho do Museu Picasso (que é grátis ao domingo depois das 15h.
A noite foi num restaurante na zona das Ramblas, o Restaurante La Fonda/ que apesar da fila (nada comparavel ao Les Quinze nits na Plaça Reial) tinha uma paella fantástica.
Deixo um aviso: ao domingo as grandes cadeias (El Corte Ingles, Inditex, H&M, etc não estão abertas)
Seguem algumas informações sobre horários e preços deste dia resumidas:
Museu de la Xocolata
Site oficial: http://www.pastisseria.com/en/PortadaMuseu Localização: Carrer del Comerç, 36 – perto do arco do triunfo Horário: Segunda a Domingo das 10h às 19h e ao domingo das 10h às 15h. Preço: Bilhete Individual: 4,30 €; existem descontos)
Palau de la Musica Catalana
Site oficial: http://www.palaumusica.org Localização: Carrer Sant Pere Més Alt, s/n Horário: Diariamente das 10h às 15h30. Preço: 12 euros: individual; 11 euros: estudantes
Catedral de Barcelona
Site oficial: http://www.catedralbcn.org Localização: Avinguda de la Catedral – perto do Palau da Musica Catalana Horário: 13 às 17h Preço: 5 euros (inclui museu e claustros)
Museu Picasso
Site oficial: http://www.museupicasso.bcn.es/ Localização: Carrer de Montcada 15-23 (perto do arco do triunfo) Horário: Teça a Domingo das 10h às 20h Preço: grátis domingo depois das 15h, senão 9 euros
Em tempos idos este blog estava alojado noutro dominio. Nao sei porque lembrei-me disso recentemente e fui la espreita-lo para ver se ainda estava ativo. E nao e’ que estava? E encontrei alguns (MUITO POUCOS) posts sobre viagens que resolvi ressuscitar!
Assim sendo, ao longo das proximas 4 semanas irei publicar textos de 2009 sobre os dias que passamos em Barcelona!
Queria fazer uma estimativa de preços mas é complicado… Vou tentar fazer um roteiro rigoroso com preços e tudo mas se falhar alguma coisa peço desculpa.
Como vivo em Coimbra posso deslocar-me de 3 maneiras para o Porto: Comboio + metro/taxi, carro do pai, carro da Joana + metro.
Para Madrid e Londres optei por pedir ao meu pai para me levar, o que implica que na volta tenha de apanhar um comboio. Não é uma solução perfeita por isso desta vez levei o meu carro. Deixei no Porto, num local que devido ao meu trabalho, facilmente tive autorização para aceder ao espaço fora do horário de funcionamento, tinha vigilância e as pessoas sabiam que se houvesse algum problema facilmente poderiam contactar-me. Como esse local fica perto de uma estação de metro fizemos o percurso de metro até ao aeroporto.
São cerca de 40 minutos e o preço foi 1,95/viagem porque não tinha nenhum andante (cartão do metro do Porto).
Quando chegamos a Girona (A Ryanair não voa directamente para Barcelona) apanhamos o autocarro que é muito fácil encontrar e cujos horários estão adaptados às partidas e chegadas. O bilhete custa 12 euros para cada lado ou 21 ida e volta (aconselho a comprar deste modo).
Uma vez que o alojamento escolhido era muito perto da estacion del nord e como a bagagem não era pesada (tratavam-se de duas mochilas) aproveitamos para dar uma volta nas redondezas: Arco do triunf, l’auditrio e Teatro Nacional da Catalunya.
VLUU L210 / Samsung L210
VLUU L210 / Samsung L210
O alojamento reservamos no Booking. Pagamos 50€/noite, quarto duplo sem peq almoço, mas as instalações eram fantásticas.
Trata-se de uma residência para estudantes. Mais informações aqui. Tem cozinha partilhada que dá jeito para quem tem paciência para cozinhar em férias (não é para mim….)
Na semana passada o PM do reino unido anunciou um roadmap de como seria o regresso a normalidade. São obviamente datas provisórias mas a estimativa do governo é que estejamos sem restrições a partir de junho/julho.
Ao mesmo tempo decorre também a campanha de vacinação no reino unido que tem sido muito bem sucedida. Se as datas continuarem a ser cumpridas e tendo em conta que faço parte do último grupo a ser vacinado, devo receber a primeira vacina entre maio e julho e a segunda entre agosto e outubro.
Não há como não começar a ter vontade de marcar umas viagens….
Nunca escondi que quero muito regressar à vida que tinha antes. Era muito feliz e orgulhosa da vida tão agitada que tinha. No último ano senti que não cumpri nada de especial, nem pessoalmente nem profissionalmente. Tive momentos ok, tive muitos momentos de merda, não só por causa do confinamento mas simplesmente porque o último ano foi complexo. Não quero abordar aqui, tenho de respeitar a privacidade das pessoas que me rodeiam. Acima de tudo nunca se esqueçam que se a vida dos outros parece perfeita é porque não é, simplesmente aquela pessoa não se queixa.
Mas voltando ao assunto inicial assumo que não resisti! Marquei uma viagem até a Escócia no final de Maio, outra a Itália no final de Agosto. Tudo com a BA que deixa cancelar até à data do voo. Como a partir de 12 de abril sítios que sejam “self contained” vão poder reabrir estou a pensar em marcar mais um ou dois fins de semana fora.
Estarei a ser demasiado otimista? E por aí, já se fazem planos para o futuro?
Todos nós tivemos ou temos um familiar emigrado. Todos nós também temos um estereótipo sobre a emigração, não vale a pena mentir. Eu própria tinha. Para mim o emigrante era aquele que vivia em parcas condições e que amealhava tudo o que conseguia para conseguir concretizar o sonho de construir a casa na terra de onde partiu e onde passa o mês de agosto sem falha.
Mas esse conceito de emigração já não bate com a realidade de hoje em dia. Não se sai do país com uma mão às frente e outra atrás. Não são as camadas inferiores sem muita educação formal que sai necessariamente do país. Mas por algum motivo é essa ainda a ideia que temos.
A minha vida no reino unido é igual à que tinha em Portugal. É verdade que saio a horas decentes, tenho um salário mais interessante, não posso ir almoçar a casa do pai todos os domingos, mas já era assim quando morávamos em Lisboa (excepto sair a horas, quando morava em Portugal trabalhava horas sem fim).
Não existe grande diferença entre eu trabalhar em Faro, no Funchal ou em Londres. Alias, vou mais vezes a casa do que uma amiga minha madeirense! E explorei um bocadinho sobre isso quando dei recentemente uma entrevista às Antena 1 no programa portugueses no mundo. Podem ver a entrevista aqui.
Nota: eu sei que prometi uma pausa mas sempre que sentir que há tema virei cá dar um ar de minha graça 🙂