Creio que não exista ninguém no mundo ocidental que se interesse um pouco por história, viagens ou mesmo vida social que nunca tenha ouvido falar da Jordânia. Seja por Petra ou pela rainha Rania haverá certamente um período da sua vida que irão cruzar-se com este país. Situado bem no meio do meio oriente, com fronteira com alguns países bem complicados como Israel, Síria, o Iraque e a Arábia Saudita, a Jordânia tem passado um pouco ao lado dos conflitos desta zona. Talvez o facto de na verdade a Jordânia não ter nenhum ponto de interesse como terra fértil ou poços de petróleo, este país tem ficado a margem destes problemas. Obviamente que é uma paz relativa. Basta andar nas estradas e vão passar por operações stop ou exército bastante armado, mas é pacífico viajar pelo país.
No início do ano nós tentamos sempre fazer uma viagem para descontrair. O último trimestre do ano é sempre complicado para mim em termos de trabalho, não viajamos muito e não queremos entrar naquela depressão de janeiro e acabamos por tentar sempre ir a algum lado. Como tive uma péssima experiência em Israel (fui em agosto e não sei como não derreti) sabia que queria evitar a todo o custo ir no verão. Isso aliado a um voo bem em conta para Aqaba fez com que não deixássemos escapar a oportunidade.
Eu amo o médio oriente. Esta é já a minha quarta visita (depois de Israel, Palestina, Dubai, Turquia) e nunca me canso! Ainda temos muitos países por explorar na zona e só temos pena de ser uma zona tão complicada.
A música, a comida, a geografia, o fervor religioso e o fascínio sobre novas culturas, as pessoas fazem com que adore esta parte do mundo.
Mas nem tudo são rosas na Jordania. Há pobreza em todo o lado. Não pobreza de fome (pelo que vimos) mas pobreza de condições de habitação, crianças descalças, crianças que não sabem o que é um saco de congelação (daqueles reutilizáveis), a pedir-nos canetas para a escola. Animais mantidos em condições questionáveis. Igualdade de sexo é uma miragem por onde vimos, não vimos uma única mulher a trabalhar para além do aeroporto.
As pessoas são, sem dúvida quem mais nos marcam pelos sítios onde passamos. Desta vez foi o nosso guia do passeio de jipe em Wadi Rum. A meio da viagem deixou o J. guiar (ele ama conduzir!!) e estivemos a conversa! Que maravilha! Aprendi mais sobre a Jordânia naqueles 20 minutos do que na viagem toda!
Se vale a pena? Sem dúvida, ainda nem tínhamos saído e já estávamos a dizer que íamos voltar.
Uma última nota. Vale a pena alugar carro. Se não quiserem ficar a mercê dos guias turísticos aluguem carro. Não é o sítio mãos barato mas vale a pena.
Vamos então aos custos:
Voo: £200 com a easyJet para os dois (comprado em julho, 6 meses antes)
Hotel em Petra: £96 para duas noites para os dois. Incluiu pequeno almoço.
Hotel em Wadi Rum: £147 para uma noite para os dois com almoço, jantar e pequeno almoço. Há bem mais barato mas decidimos ficar numa tenda mais diferente e isso paga-se bem. Se puderem paguem, se não der não deixem de ir e fiquem numa mais simples.
Carro: £94 para os 4 dias
Jordan Pass: £76 cada um. Haverá um post em breve a explicar o que é o Jordan Pass. POR LINK
Comida/Bebidas: £88.39
Tour jipe Wadi Rum: £70 para os dois. Também irei escrever um post sobre isto.
Souvenirs: £7.6 (íman para família, enfeite da árvore de Natal e chá)
Combustível: £22.77
Outros: £3.25
Total: £881.02 para os dois – £440.51 por pessoa – £110.13 por pessoa e por dia