Todos nós tivemos ou temos um familiar emigrado. Todos nós também temos um estereótipo sobre a emigração, não vale a pena mentir. Eu própria tinha. Para mim o emigrante era aquele que vivia em parcas condições e que amealhava tudo o que conseguia para conseguir concretizar o sonho de construir a casa na terra de onde partiu e onde passa o mês de agosto sem falha.
Mas esse conceito de emigração já não bate com a realidade de hoje em dia. Não se sai do país com uma mão às frente e outra atrás. Não são as camadas inferiores sem muita educação formal que sai necessariamente do país. Mas por algum motivo é essa ainda a ideia que temos.
A minha vida no reino unido é igual à que tinha em Portugal. É verdade que saio a horas decentes, tenho um salário mais interessante, não posso ir almoçar a casa do pai todos os domingos, mas já era assim quando morávamos em Lisboa (excepto sair a horas, quando morava em Portugal trabalhava horas sem fim).
Não existe grande diferença entre eu trabalhar em Faro, no Funchal ou em Londres. Alias, vou mais vezes a casa do que uma amiga minha madeirense! E explorei um bocadinho sobre isso quando dei recentemente uma entrevista às Antena 1 no programa portugueses no mundo. Podem ver a entrevista aqui.
Nota: eu sei que prometi uma pausa mas sempre que sentir que há tema virei cá dar um ar de minha graça 🙂