Dia a Dia

Emigrar é difícil?

Decidimos sair do país há mais de 5 anos. Na altura pareceu uma loucura principalmente porque a palavra emigrar tem uma conotação muito negativa. Emigrar, na cabeça de quem fica implica aceitar um emprego abaixo da educação que se tem, viver um ano sem ver a família, fazer sacrifícios infinitos. Mas a realidade para mim foi bem diferente. Em 2018 por exemplo vi a minha família 7 vezes. Sim, em média mais do que 1 vez a cada dois meses. E não foi um almoço rápido que normalmente se tem uma vez por mês em casa dos pais. Foram dias a fio de convivência, almoços, jantares, passeios. E a vida no Reino Unido é exatamente igual à que tínhamos em Portugal: casa, trabalho, jantares com amigos, cinema, compras, viagens. Por isso cada vez que as pessoas nos perguntam como é a vida por aqui eu respondo: igual à vida daí. E não é por mal, é a mais pura das verdades. Claro que há diferenças, temos um emprego onde as pessoas se sentem agradecidas porque aceitamos trabalhar para elas e não nos tratam como escravos, temos dinheiro para fazer outras coisas mas a essência da vida está la… Vamos ao supermercado, tal como íamos em Portugal, vamos a concertos, tal como íamos em Portugal, ficamos presos no transito tal como acontecia em Portugal.

Falo com os meus amigos que estão em Portugal com mais frequência do que quando lá morava, vejo amigos com mais frequência, combino viagens com a família e amigos para destinos fora de Portugal… Sei que sou sortuda mas caramba, a sorte da muito trabalho!

Ha umas semanas atras falava com uma amiga minha que so em situacoes muito concretas e’ que sinto que nao moro em Portugal. Quando, por exemplo, vou a um musical a Londres ao final do dia. Como moro fora de Londres e cada vez mais me aborrece a confusao (nao se esquecam, sao 10 milhoes de pessoas) cada vez menos vou a Londres, ou quando vou normalmente e’ a trabalho. Mas ha dias, quando por exemplo saio de Waterloo e me deparo com o Big Ben ou o London Eye que me apercebo que de facto nao vivo em Portugal. Falar ingles tornou-se parte da minha essencia, e’-me tao normal ter uma conversa na minha lingua materna como na do pais que me acolheu pelo que nao noto… Simplesmente nao noto. Claro que custa nao estar ai quando ha aniversarios, quando alguem esta doente. Mas por acaso estive em Portugal quando o meu pai foi operado, fui eu que o levei e trouxe do hospital, que cuidei dele. Vou estar este ano em alguns aniversarios, mas tal como quando vivia em Lisboa, nao vou estar em todos. Para o ano a minha irma tem um aniversario especial (20! cof, cof) e certamente nao irei faltar! E eles sabem que estamos aqui, que podem sempre contar connosco. Londres conta com mais de 20 voos por dia, o Porto quase 10, nunca faltamos a um casamento por falta de voos!

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Carnaval de Nice

Todos nós conhecemos o carnaval do Rio, de Veneza e talvez o da Mealhada. Mas quantos de nós conhecem o de Nice? Eu pelo menos não conhecia…

Quando fizemos check-in no nosso hotel e o senhor nos perguntou se estávamos lá por causa do carnaval ficamos em silêncio. Pois, ao que parece o carnaval de Nice, que existe desde 1873 super famoso. Tivemos uma sorte enorme porque calhou estarmos lá no primeiro fim de semana de festividades. O corso carnavalesco acontece na zonazdo jardim Alberto primeiro e no fim de semana em que lá estivemos tínhamos hipótese de ver a batalha das flores e o corso iluminado. Como o primeiro acontecia durante o dia e estávamos no Mónaco optamos por só ir ao corso iluminado.

 

Primeira dica: comprem bilhete com antecedência.
Segunda dica: comprem zona A ou tribuna.
Nós chegamos em cima da hora e a fila para a zona A estava péssima e as tribunas esgotadas pelo que tivemos de ir para a zona B. E eu, uma hater confessa de carnaval (muitos traumas com disfarces na escola primária e ser de uma zona onde o carnaval é um nadinha brega) achei que ia ser só um visto na caixa. Mas não, a verdade é que durante duas horas acenei, dancei, eu sem parar o corso do carnaval. Carros e mais carros alegóricos, grupos étnicos (russos, bolivianos, chineses, sei lá mais…), bonecos insufláveis (não desses seus marotos!!). O ambiente é super familiar e não vi pessoas que deviam ter parado umas bebidas mais cedo. Amei!!
Terceira dica: cheguem cedo
Quarta e última dica: se forem para a zona B entrem pelas entradas junto ao mar, são as mãos calmas.

Mais informações sobre o carnaval de Nice.

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Hotel Paganini – Nice

Por vezes falo dos hotéis onde ficamos, por vezes não. Existe uma razão muito simples: os que não falo é porque não me despertaram nenhuma vontade de falar sobre eles. Não porque tenham sido maus mas porque simplesmente não tiveram nada que fizesse com que valesse a pena. E não, não falo só de hotéis caros, aliás, muito muito raramente nos ficamos em hotéis caros. O orçamento não estica e normalmente é aí que cortamos.

Então e o Hotel Paganini em Nice foi fixe?? Mehhhhhh. Não foi mau mas…..
Primeiro que tudo: localização. Como íamos usar Nice como base queríamos um hotel perto da estação. E este era perfeito, a dois minutos da estação, mas mesmo assim no meio de Nice, com imensos restaurantes à volta
Depois o preço agradável, pois só custou 99 euros por duas noites para os dois sem pequeno almoço.
Finalmente as instalações. O hotel claramente foi renovado há pouco tempo e tinha super bom aspecto. Um três estrelas bem porreirinho é o que vos posso dizer.
E então se era tão bom porque é que não recomendo sem hesitação? Por causa do barulho!! Na primeira noite ouvi os vizinhos do quarto ao lado conversarem (não estavam a falar alto…). E passei a noite inteira a ouvir a canalização. Cada vez que alguém despejava o autoclismo eu acordava… Pois… Melhorou um pouco quando fechei a porta da casa de banho (bruxa!!!) mas não resolveu. E antes que perguntem, sim, eu pedi para mudar de quarto mas estavam cheios. E sim, vou reclamar com o hotel…
Por isso sim, recomendo o hotel mas claramente não o meu quarto (número 15, só para que saibam…).
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Nice

Decidimos visitar Nice em Fevereiro. Mais uma vez escapámos das épocas altas onde os valores dos bilhetes de aviao são surreais e aproveitamos uma Nice mais vazia. Ainda por cima o tempo estava fantástico, com cerca de 15 graus (para quem vem de zero no reino unido e uma festa!), céu limpo e sol que aquecia até a alma.

Nice não tem grandes monumentos para visitar. Esta cidades, cuja arquitetura e fortemente influenciada pela França e Itália, na verdade merece ser explorada pelas ruas.

Começamos a nossa visita na avenida Jean Medicin. Fortemente comercial aproveite para entrar nas lojas, principalmente as farmácias para ver as novidades em termos de cosmética (se gostar de cremes como eu!). Continue em direção ao mar até que chegara à praça Massena. No nosso caso, como fomos em época de celebração do carnaval (farei um post sobre isso) esta praca tinha bancadas que cortavam a vista. Continue até chegar ao mar e ao passeio dos ingleses. Sente-se a aprecie o quão sortudo(a) é por poder estar neste pedaço do planeta.

Vire agora à esquerda (se estiver virado para o mar), voltando um pouco para trás para entrar na parte velha da cidade. Aqui pode encontrar a catedral de nice, o mercado das flores e inúmeras lojinhas super engraçadas.

Continue a caminhar em direção ao monte. Suba então o monte do castelo. De elevador ou pelas escadas. Se optar pelas escadas (não são assim tão más!) suba devagar. Pare em todas as plataformas, tire fotos de todos os ângulos da vista sobre Nice.

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Quando chegar ao topo sente-se a beber um café para restaurar as pernas. Quando se sentir com força visite o topo do monte. As ruínas do castelo, a cascata, os recantos do jardim e não se esqueça de tirar fotos da vista sobre o porto de Nice.

Comece então a descer devagar e continue na direção do porto. Pelo caminho pare no iconico “I Love Nice” para a foto do Instagram :).

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Quando passar o porto vire a esquerda, contorne o monte do castelo e volte a entrar na velha Nice. Dirija-se novamente a estrada junto ao mar (passeio dos ingleses) na direção oposta até ao Hotel Negresco.

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E esta vista Nice 🙂 como vê não demora muito, pelo que parar e apreciar a vista e muito importante!

 

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Sri Lanka

Passaram quase 24 horas desde os atentados no Sri Lanka e não consigo parar de pensar nisso. Por norma passo uma borracha fácil nestes acontecimentos mas desta vez não…

Desta vez morreu um dos nossos. Um português, tal como eu. Que visitou o Sri Lanka com 30 anos, tal como eu. Que estava em lua de mel, tal como eu quando lá fui…

Hoje senti medo. Percebi que os nossos pais ficam num desassossego quando viajamos, quando não têm bem a certeza em que parte do mundo estamos. Ficam com o coração apertado e o meu fica partido por os deixar assim (ao meu e aos do J.).

(Hoje abro uma excepção e escrevo um post ao vivo. Diretamente do aeroporto de Singapura, a caminho do Vietname. Está viagem só sairá no blog lá para junho mas este post não podia esperar.)

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Imagem retirada daqui.

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Nice, Mónaco e Cannes – impressões e custos

Viajamos para o Mónaco, Nice e Cannes a meio de fevereiro. Não sei se tivemos sorte mas o tempo estava fantástico!! 15 graus, um sol fantástico, o J. até andou de t-shirt um dia embora os locais andassem de casacos (viver no reino unido tem as suas consequências…)! As cidades não estavam muito cheias, os restaurantes não precisavam de reservas e ainda acertamos com o início das comemorações do carnaval de Nice (escreverei sobre isso num post a parte).

O objetivo da viagem seria visitar o Mónaco. Mas por um lado percebemos muito rapidamente que era caríssimo e por outro que um dia bastava, pelo que optamos por ficar em Nice e usar esta cidade como base para explorar a região.
Vamos então aos custos:
Voo – British Airways de Heathrow (minha companhia aérea e aeroportos preferidos): £170/195€ para os dois
Hotel Paganini (Irá haver post sobre ele): £87/99€ por duas noites sem pequeno almoço para os dois
Custos no local: £228/260€ para três dias incluindo TUDO (comida, transportes, bilhetes para entrar em coisas)
Total: £485/554€
Total por pessoa: £242.5/277€
Total por dia e por pessoa: £80.83/92.33€
Algumas dicas:
– Se voltasse provavelmente alugaria um carro. Ficamos muito dependentes do comboio que não era assim tão frequente e nos limitou onde pudemos ir.
– cuidado, repito CUIDADO com a internet no Mónaco. O Mónaco não faz parte da lista de países com quem tenho o meu contrato de telemóvel e como não reparei. O descuido ficou em quase 50 euros (ouch!!!!).
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Compras em Cuba

Disclaimer – Ninguém está a espera de ir para Cuba fazer grandes compras certo? Estamos a falar de um país que vive num regime comunista e com um embargo dos Estados Unidos/

Posto isto avancemos entao! No Cayo Coco existem duas zonas comerciais, o “Los Flamencos” e o “La Gaviota”. O primeiro era acessivel a pe do nosso hotel (ficamos no Pestana) e o segundo era acessivel de autocarro (atencao as horas dos autocarros, o ideal e’ irem de manha).

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O Los Flamencos ficava a uns 10 minutos a pé do nosso hotel. Este complexo inlcui uma discoteca, bowling, salão de beleza, uma loja de cigarros, um restaurante japones e um mercado de artesãos. Nao vale a pena andarem a comparar preços, estao todos tabelados (isto vale para o La Gaviota tambem) no entanto os produtos podem ser diferentes de stand para stand. Na verdade as únicas coisas que compramos foram Rum e umas estátuas. Negociamos um pouco nas estátuas mas nada de especial. Mais informacoes aqui.

O segundo centro comercial tem varios pisos. No res do chão podem encontrar os produtos de artesanato e o supermercado e nos de cima outros serviços, restaurantes e bares. Aqui so compramos imans (a familia coleciona) e um enfeite de Natal. Mais informacoes aqui.

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Snorkeling em Cuba

Nao sei se já surgiu por aqui o facto de eu e o J. gostarmos de fazer mergulho. Já tivemos oportunidade de o fazer um pouco por toda a Europa, no entanto os meus ouvidos não são lá grande coisa e tivemos de mudar para o Snorkeling.

Em Cuba existe uma das maiores reservas de corais pelo que sabiamos a partida que iriamos ter de os explorar. Tentamos da praia como já fizemos na Grécia por exemplo mas não vimos rigorosamente nada. Assim partimos rapidamente para a segunda opcao: fazer uma excursão que incluísse snorkeling. A agência com a qual viajamos apresentou-nos duas opções: uma viagem com familias ou uma so para adultos. A desvantagem da primeira e’ potencialmente terem crianças que tendem a fazer asneiras, a segunda e’ que inclui bar aberto, algo que a maioria dos hóspedes do hotel nao sabe lidar muito bem (não vou dizer nacionalidades….). Optamos pela segunda opcao.

A viagem que marcamos consistia num dia de catamaran, bar aberto, refeicao a bordo, duas paragens para skorkeling e uma paragem numa praia deserta e custou cerca de 90 CUC.

A viagem começa cedinho (por volta das 9h) e o snorkeling e’ feito de manhã. Curiosamente nem todos os passageiros se aventuraram, ficamos super surpreendidos!

De seguida e’ servido um almoço a bordo onde podem escolher entre lagosta e frango. E não e’ que muita gente escolheu frango?? Mas nós fomos para a lagosta e como nao nos arrependemos!! Foi nada mais nada menos do que a melhor lagosta da minha vida!

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Finalmente a paragem na praia deserta foi de facto um sonho! O barco atraca numa zona super baixinha por isso mesmo que não saibam nadar não estão limitados a descer do barco.

Por fim, não posso deixar de falar na tripulação. Eu achei por regra os cubanos super simpáticos mas os 2 membros da tripulação bateram quaisquer recordes!!!

 

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Praya Pilar

A Praya Pilar e’ considerada a praia mais bonita de Cuba e está entre as dez praias mais bonitas do Caribe. Na verdade nada existe mais para além da praia e de um restaurante, mas mal la chegamos percebemos o motivo pelo qual esta praia e’ tão conhecida. Aqui a toalha e’ estendida no chão porque não ha cadeiras para alugar. O facto que não existirem quase infra-estruturas fazem com que esta praia se conserve quase intacta. O azul do mar de Cuba e’ incrível mas aqui atinge niveis nunca vistos!

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Situada no extremo norte do Cayo Guillermo, e’ possivel aceder de taxi, alugando um carro, uma bicicleta (embora nao recomende) e de autocarro. Mais informações sobre como chegar de autocarro aqui.

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