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Jordan Pass

Umas semanas antes de viajarmos descobri atraves de um video de Youtube o Jordan Pass.

Entao e em que consiste?

O Jordan pass nada e’ mais do que um pacote que inclui entradas em mais de 40 atracoes na Jordania, incluindo Petra, e inclui o custo do visto de entrada na Jordania caso fiquem por mais de tres noites.

Existem tres precos, consoante o numero de dias que queira visitar Petra: 70JD, caso queira visitar Petra um dia, 75JD se quiser visitar dois dias e 80JD se quiser visitar Petra tres dias. Estes dias terao de ser consecutivos.

As 40 atracoes incluidas podem ser encontradas aqui.

E como funciona?

Basta comprar o passe pretendido no site. Pouco depois ira receber o documento no seu email, que tera de imprimir e apresentar na fronteira e nas atracoes que queira usufruir.

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Dia a Dia

Individualidade

Na altura em que escrevo este post há uma “polemica” em Portugal sobre a liberdade que pessoas solteiras têm em relação a quem esta com alguem.

Aí está um tema que me da imensa comichão lembro-me que quando eu o J. começamos a ficar mais sérios esclareci logo que não era pássaro de gaiola. Precisava e preciso da minha individualidade, de estar sozinha por vezes, de nao sermos apenas os J’s mas sim o J e a J. E ele nao so respeito isso como concorda plenamente… Ele também precisa dos seus momentos a sós, dos seus hobbies, jantares sem mim. E nao ha problema nenhum nisso, pelo contrario! Por isso quando se fala na liberdade de estar solteira eu penso logo “mas eu nao estou presa!”.

Para mim uma relaçao nao funciona se não existir individualidade. Para os meus colegas de trabalho, por exemplo, o J. mal existe… E para os dele eu também sou alguém que a maioria não conhece. A trabalho ou a lazer acabamos por viajar sozinhos por vezes. E na verdade adoramos esses momentos. Não porque estamos fartos um do outro mas sim porque criamos saudades, percebemos que aquilo que tomamos como garantido, como um abraço apertado depois de um pesadelo, nao e’ garantido. E’ muito bom perceber que precisamos de valorizar o quão importante aquela pessoa e’ para nós. Voltarmos a ter borboletas no estômago quando chegamos a casa, voltarmo-nos a apaixonar pelo olhar um do outro.

Por isso nao tenham medo de pedir espaco, tempo. Desenvolver a vossa individualidade, perceberem quem são sem o outro…

Viagens

Shaqilath Hotel em Petra

Quando decidimos ir a Jordania sabiamos que Petra estaria no topo das prioridades. Assim sendo percebemos que para explorar bem Petra teriamos de chegar bem cedo e que a melhor opcao seria mesmo dormir perto. Acabamos, por uma questao de logistica, ficar duas noites em Wadi Musa, a zona nesmo ao pe de Petra.

Se fizer uma pesquisa rapida no booking vai perceber que e’ possivel encontrar alojamento para todos os bolsos.

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Nos acabamos por escolher o Shaqilath Hotel por dois motivos: preco e aspecto.

Nao estavamos a procura de algo luxuoso mas queriamos conforto acima de tudo. O Hotel Shaqilath fica a 2 minutos de carro do Visitor Center de Petra e o preco inclui parque gratuito e pequeno almoco. O unico senao que aponto e’ o facto de ser complicado gerir a temperatura da agua quando varios hospedes tentavam tomar banho ao mesmo tempo.

Caso pretenda e’ possivel almocar, jantar ou pedir para o hotel lhe preparar uma caixa com almoco. Embora nao o tenhamos feito e’ uma opcao que pode considerar uma vez que nao tivemos uma boa experienca com comida em Petra.

Imagens retiradas de booking.com

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Como ver Petra de cima?

Tive amigos que me contaram histórias pessimas e um dos esquemas mais comuns é de no local lhe tentarem vender que só se pode ver Petra de cima se pagar. É mentira, ou melhor é quase mentira. Existe uma trilha (tão ou mais dura do que a do mosteiro) que se chama Al-Khubtha Trail. Não é fácil se achar, não é fácil de fazer, mas vale a pena. Quem me recomendou foi o meu amigo A. que a fez duas semanas antes. As indicações para a trilha não são minhas, foram-me dadas pelo meu amigo e encontrei umas fotos bem ilustrativas neste site. Vai ser confuso, vai sentir que se perdeu mas connosco deu certo.

1) esta trilha começa junto as tendas que existe junto aos túmulos reais. Se estiver virado de frente para os túmulos vire a sua esquerda. Vai passar por várias tendas, se sentir que não está a ir na direção certa pergunte, eles ajudam. Vai ver de vez em quando umas placas como esta que vão ajudar. De vez em quando durante o caminho também vai encontrar umas tendas beduínas a vender várias coisas o que significa que está no caminho certo!

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2) Siga os sinais que indicam “Al-Khubtha trail”. Ira ver uma curva para a direita (para tras das tumbas) e ira comecar a muitas escadas, significa que esta no caminho certo! Tambem comecara a ver aqui e acolá uns sinais brancos a dizer “Come and enjoy the spectacular view”.

3) Vai subir muitas escadas. Muitas mesmo, provavelmente uns 20 minutos de escadas. Vai chegar a uma zona em que consegue, do seu lado direito, ver o teatro. Significa que esta no caminho certo, pode continuar!

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4) Logo depois de passar a vista para o teatro vai encontrar uma estrutura que parece uma casa. Aqui tem de descer as escadas que estao exatamente do lado esquerdo

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esta foto foi-me enviada pelo meu amigo A. nao sei a origem, peco desculpa!

5) A seguir a descer estas escadas vire a direita e prometo, ja falta pouco! Existem varias marcas no chao (setas pintadas) mas a partir deste ponto nao ha nada que enganar, e’ sempre em frente. Nos so reparamos nas setas no regresso e não tivemos problemas em encontrar o sitio.

Quando chegamos lá a cima ainda estivemos provavelmente quase 10 minutos completamente sozinhos e depois só chegaram 3 pessoas… Super calmo!

Porque é que não é gratuito completamente? Porque no ponto que tem a melhor vista está uma tenda. Se quiser de facto ver a vista vai ter de beber qualquer coisa. Para ser sincera os preços não são por ali além e podem ficar o tempo que quiserem. Para terem ideia um chá custa 1jd e um sumo natural 3jd, igualzinho ao que pagamos em todo o lado na Jordânia.

Jamais durante esta trilha fui abordada para pagar ou me foi oferecido um burro para ajudar com a caminhada. Também não vimos muita gente quando a fizemos (10 pessoas se tanto!)

Dia a Dia

Hábitos portugueses que ainda não deixei

Em junho do ano passado escrevi um post sobre hábitos ingleses que já adquiri. Na altura queria fazer este como continuação mas esqueci-me (quem nunca…). Sou portuguesa com muito orgulho. Adoro o nosso país, como tudo o que tem, de bom ou de menos bom. E embora more no reino unido há mais de seis anos as minhas raízes portuguesas serão sempre muito importantes. Todas estes hábitos são tão enraizados que demorei a lembrar-me deles…

– almoçar em condições – parar para almoçar, comer uma refeição em condições para mim são super importantes e são hábitos que mantenho. É esquisito para os ingleses que eu coma sopa e conduto mas para mim é imprescindível comer de faca e garfo

– ser sincera – não podemos confundir com ser frontal, que a maioria das vezes é apenas sinal de falta de educação, para mim eu tenho de ser sincera com quem me rodeia, com que escolho passar os meus momentos de lazer.

– convidar amigos para virem cá a casa almoçar – infelizmente a nossa vida caótica nem sempre permite, mas sempre que possível temos amigos cá em casa a almoçar.

– abraçar/tocar nas pessoas – foi algo que incomodou muitos dos meus colegas mas habituaram-se, coitados

– cozinhar a sério – na verdade esta é mentira porque eu mal cozinho mas o J. cozinha e é muito bom. Quase todas as nossas refeições são feitas do zero com ingredientes frescos ao contrário dos ingleses que têm por hábito comer coisas pré-feitas

– Manter o contacto com a família – também aqui está outra que os meus colegas estranharam mas já abraçaram. A minha família é um pilar importantíssimo na minha família e estamos em constante contacto (abençoado WhatsApp)

– Receber convidados – por ano recebo mais pessoas na nossa casa do que os meus colegas todos somados. As portas estão abertas, a família e os amigos já sabem

– Falar português – esta parece parva mas faz sentido juro. Com o passar dos anos começamos a ficar preguiçosos e tendemos a usar palavras em inglês no meio de uma conversa em português porque não nos apetece pensar. As vezes acontece, principalmente imediatamente depois do trabalho (passamos 8 horas por dia a falar só inglês) ou assuntos que só tratamos em inglês (empréstimo da casa, obras, etc), mas tentamos ao máximo puxar pela cabeça para nos lembrarmos das expressões em português.

Sinceramente pensei que seriam mais, talvez a minha memória esteja péssima… Acrescentariam alguma coisa a esta lista?

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Petra

É tão difícil começar um post para falar de Petra. Uma das 7 maravilhas do mundo, haverá alguém que não saiba o que é Petra? Por isso mais do que me alongar a explicar o que é Petra quero dar dicas sobre como explorar a zona.

Primeiro que tudo, Petra não é apenas uma fachada escavada na pedra. Na verdade essa imagem conhecida do mundo chama-se o tesouro. Na verdade Petra é uma zona de 266 km quadrados com imensas trilhas por fazer. Há quem diga que são necessários 4 a 5 dias para conhecer a zona, nós fomos um dia mas na verdade dois dias é o ideal. A verdade é que num dia nós tivemos tempo para ver tudo o que queríamos mas puxamos pelas pernas como há muitos anos não o fazíamos e ficamos estourados. Dois dias depois ainda me doiam as articulações dos pés e os gémeos…

Vamos então começar com as dicas:

– Bilhete

Se vão passar mais do que 3 noites na Jordânia aconselho que comprem o Jordan Pass. Nós compramos o passe com um dia em Petra mas podem comprar com mais dias. Não me vou alongar sobre o Jordan Pass porque vou escrever um post só sobre este tema.

No entanto é possível comprar só bilhete para Petra. Se decidirem passar só um dia na Jordânia e incluir um dia em Petra então o custo para entrar em Petra vai ser exorbitante, 90JD. Se decidirem pernoitar na Jordânia (não necessariamente ao pé de Petra) então o custo será de 50 para um dia, 55 para dois dias, 60 para três dias. Há também um pequeno problema caso visitem Petra no dia em que chegam à Jordânia, podem encontrar informações aqui.

O Jordan Pass é possível comprar online, depois só têm de passar na bilheteira para vos emitirem um bilhete a preço zero.

Os bilhetes apenas para Petra apenas podem ser comprados no local.

– Dormir

Eu aconselho que durmam pelo menos na noite anterior em Petra. O parque abre as 5 da manhã e quanto mais cedo for melhor, para ver pelo menos o Tesouro antes de chegarem os autocarros cheios de turistas. Nós chegamos as 7:30 e encontramos Petra bem vazia, deu para tirarmos as fotos que quisemos. Nós ficamos no hotel Shaquilath na noite anterior e no dia que visitamos Petra. Existem várias hipóteses nesta zona de acordo com o bolso de cada pessoa.

– Carro

Pode levar o carro até a entrada, o parque é gratuito

– Comida

Foi provavelmente o que mais no desiludiu. O nosso hotel recomendou dois restaurantes. Um não conseguimos encontrar e o outro achamos demasiado caro. O que sugiro é que leve uma lunch box do hotel (creio que todos oferecem) ou comprem comida e levem. Nós tínhamos comido um óptimo pequeno almoço e decidimos que íamos comer lá. Decidimos que não íamos pagar o valor que nos estavam a pedir (mais de £20 por pessoa mais bebidas) e comemos as bolachas que tínhamos trazido. Como não temos filhos e estávamos tão cansados não tivemos fome mas admito que foi um erro parvo. Há sítios que vendem sandes mas tivemos receio porque temos intestinos MUITO sensíveis

Não se esqueça de levar água!

– Petra by Night

As segundas, quartas e sextas existe um espetáculo a luz das velas no Tesouro, que é pago a parte. Nós não estivemos em Petra nestes dias por isso não podemos comentar se vale a pena ou não.

– O que levar?

O mais importante é calçado confortável. Não leve umas all star ou algo assim. Leve umas sapatilhas ou botas de caminhada. Algo que já tenha usado várias vezes para não fazer bolhas. Em termos de roupa depende da altura do ano. Se for no inverno vista-se por camadas. Nós fomos no inverno e levamos uma camisola térmica, uma camisola mais grossa, um colete, um casaco, um casaco, luvas e cachecol. Os últimos três só foram fazer peso. Os outros foram entrando e saindo a medida que o calor apertava. Numa das trilhas que fizemos tínhamos tanto calor que escondemos os casacos e camisolas a meio do caminho e fomos lá buscá-las no final. Se for no verão um chapéu para a cabeça é imprescindível!

Leve uma mochila. Para carregar a roupa, água, comida. Não encha de coisas por favor, vai andar o dia todo com ela as costas

– O que ver?

Os pontos principais de Petra são o tesouro (a tal imagem que toda a gente conhece) e o mosteiro. O tesouro fica perto da entrada e é a primeira coisa que vê quando termina o Sik, um canion lindíssimo! O mosteiro fica na ponta oposta do espaço e implica que faça uma caminhada duríssima de uma hora e pouco (para cada lado) mas vale a pena.

Tem também outros pontos interessantes como o teatro, as tumbas reais e o Sik, que ficam muito perto umas das outras

– Quanto tempo é preciso?

Os locais vão dizer que para ver tudo são necessários 4 ou 5 dias. Na minha humilde opinião achei que passado um bocado fica muito repetitivo. Se tiver boa resistência um dia é suficiente, no entanto vai ficar estourado. Para nós foi suficiente, só nos faltou uma igreja que queríamos ver porque eu achei que já não aguentava caminhar mais, mas é duro. Na verdade entramos no parque as 7:30 e saímos às 15:30 (fecha as 16:30 no inverno) mas passamos 7 horas a caminhar trilhas duras… Sugiro dois dias, assim vê com calma e pode repartir o esforço

– Como aliviar a caminhada?

Existem duas formas de aliviar a caminhada:

1) existe uma entrada alternativa que fica a uma hora do mosteiro mas cuja caminhada é mais fácil. Pode organizar com o seu hotel e pedir para ser deixado neste ponto e caminhar de volta até ao início de Petra, assim só tem de fazer uma parte da caminhada que é bem mais fácil (o regresso do mosteiro e muito mais fácil do que a ida)

2) pagar para um burro. Nós não gostamos de fazer atividades que explorem animais para atividades turísticas e como tal não equacionando esta opção mas pode pagar para um burro o levar até ao mosteiro ou outras partes do caminho.

– Com o que é que tem de ter cuidado?

Com esquemas acima de tudo… Não se deixe convencer que pode apanhar um cavalo gratuito até ao tesouro. Embora em vários sítios diga que é gratuito já ouvi histórias que no final eles pedem dinheiro. Não deixe que lhe coloquem um lenço típico na cabeça, vai ter de pagar por ele. Acima de tudo faça a sua vidinha!

– O que é que é imprescindível ver?

Não sou ninguém para dizer o que é mais importante mas o que mais gostei por ordem de preferência foi o tesouro, o sik, o mosteiro e as tumbas reais. O meu momento preferido foi ver o tesouro por cima, super calmo a saborear um sumo natural. Sem pressas, sem empurrões, sem dramas!

– Petra by night, vale a  pena?

Sinceramente a minha resposta é, não faço ideia. Nas noites em que íamos estar em Petra não havia o espetáculo pelo que não faço ideia. Podem encontrar informações sobre este espectáculo aqui. Atenção que existe um custo extra por assistir a este espectáculo, não está incluído no preço do bilhete normal.

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Jordânia – impressões e custos

Creio que não exista ninguém no mundo ocidental que se interesse um pouco por história, viagens ou mesmo vida social que nunca tenha ouvido falar da Jordânia. Seja por Petra ou pela rainha Rania haverá certamente um período da sua vida que irão cruzar-se com este país. Situado bem no meio do meio oriente, com fronteira com alguns países bem complicados como Israel, Síria, o Iraque e a Arábia Saudita, a Jordânia tem passado um pouco ao lado dos conflitos desta zona. Talvez o facto de na verdade a Jordânia não ter nenhum ponto de interesse como terra fértil ou poços de petróleo, este país tem ficado a margem destes problemas. Obviamente que é uma paz relativa. Basta andar nas estradas e vão passar por operações stop ou exército bastante armado, mas é pacífico viajar pelo país.

No início do ano nós tentamos sempre fazer uma viagem para descontrair. O último trimestre do ano é sempre complicado para mim em termos de trabalho, não viajamos muito e não queremos entrar naquela depressão de janeiro e acabamos por tentar sempre ir a algum lado. Como tive uma péssima experiência em Israel (fui em agosto e não sei como não derreti) sabia que queria evitar a todo o custo ir no verão. Isso aliado a um voo bem em conta para Aqaba fez com que não deixássemos escapar a oportunidade.

Eu amo o médio oriente. Esta é já a minha quarta visita (depois de Israel, Palestina, Dubai, Turquia) e nunca me canso! Ainda temos muitos países por explorar na zona e só temos pena de ser uma zona tão complicada.

A música, a comida, a geografia, o fervor religioso e o fascínio sobre novas culturas, as pessoas fazem com que adore esta parte do mundo.

Mas nem tudo são rosas na Jordania. Há pobreza em todo o lado. Não pobreza de fome (pelo que vimos) mas pobreza de condições de habitação, crianças descalças, crianças que não sabem o que é um saco de congelação (daqueles reutilizáveis), a pedir-nos canetas para a escola. Animais mantidos em condições questionáveis. Igualdade de sexo é uma miragem por onde vimos, não vimos uma única mulher a trabalhar para além do aeroporto.

As pessoas são, sem dúvida quem mais nos marcam pelos sítios onde passamos. Desta vez foi o nosso guia do passeio de jipe em Wadi Rum. A meio da viagem deixou o J. guiar (ele ama conduzir!!) e estivemos a conversa! Que maravilha! Aprendi mais sobre a Jordânia naqueles 20 minutos do que na viagem toda!

Se vale a pena? Sem dúvida, ainda nem tínhamos saído e já estávamos a dizer que íamos voltar.

Uma última nota. Vale a pena alugar carro. Se não quiserem ficar a mercê dos guias turísticos aluguem carro. Não é o sítio mãos barato mas vale a pena.

Vamos então aos custos:

Voo: £200 com a easyJet para os dois (comprado em julho, 6 meses antes)

Hotel em Petra: £96 para duas noites para os dois. Incluiu pequeno almoço.

Hotel em Wadi Rum: £147 para uma noite para os dois com almoço, jantar e pequeno almoço. Há bem mais barato mas decidimos ficar numa tenda mais diferente e isso paga-se bem. Se puderem paguem, se não der não deixem de ir e fiquem numa mais simples.

Carro: £94 para os 4 dias

Jordan Pass: £76 cada um. Haverá um post em breve a explicar o que é o Jordan Pass. POR LINK

Comida/Bebidas: £88.39

Tour jipe Wadi Rum: £70 para os dois. Também irei escrever um post sobre isto.

Souvenirs: £7.6 (íman para família, enfeite da árvore de Natal e chá)

Combustível: £22.77

Outros: £3.25

Total: £881.02 para os dois – £440.51 por pessoa – £110.13 por pessoa e por dia

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Viver para fora ou respeitar privacidade de quem nos rodeia?

Por causa do meu trabalho fui exposta as redes sociais muito cedo. Tive Facebook quando só meia dúzia dos meus amigos tinham, Instagram antes de toda a gente, já passei pelo Twitter e pelo Snapchat. E com isto veio a exposição. Não havia um dia que não pensasse no que podia partilhar, que não tirava uma foto sem a necessidade de por lá, achava que se fizesse algo e não pusesse online nem valia a pena fazer. Patético, parvo, podem julgar, eu sou a primeira.

Mas um dia a minha vida mudou… Achei que um colega se expunha tanto que tanto que parecia quase um esfregar na cara dos outros. Percebi que incomodava os que me rodeavam e não podiam fazer o mesmo que eu, criava frustrações nos outros, ou recebia piadas dos amigos a dizer que não tinha tempo para ninguém porque tinha uma vida tão preenchida. E depois há o J. O J. não tem redes sociais. Não gosta da exposição pública, é super privado, e eu acabava por quebrar essa privacidade dele. Não que ele ficasse chateado, na verdade ele não quer saber, mas percebi que não estava a respeitar a vontade dele. E depois tenho o blog. Parecendo que não é uma exposição grande. Em 2019 tive mais de 4,000 visitantes por aqui… De loucos para alguém cujo objetivo é apenas relatar onde vai para quando os amigos pedem ajuda para viagens.

E bem devagarinho desacelerei… Não foi de propósito, e também é por fases, mas já não gosto muito de partilhar… O meu último post no Instagram é de há dois meses atrás (nota: era quando escrevi este post), e antes disso passou um mês. Não sinto necessidade de postar quando vou a um concerto, ao teatro, jantar fora. Reservo o meu Instagram para publicar umas fotos quando viajo e são bem menos do que publicava antes… Facebook? Só existe como repetição do conteúdo do Instagram ou para partilhar conteúdo relacionado com o meu trabalho praticamente… Prefiro partilhar com a família e os amigos no WhatsApp quando vejo algo interessante, partilho a minha opinião de forma privada…

Por fim o blog. Este blog já existe há muitos anos, embora tenha decidido apagar o conteúdo mais antigo. O J. não era grande apoiante e mesmo hoje continua a achar engraçado o facto de eu continuar a ser regular por aqui mas não vem cá ver. É verdade que exponho muito a minha vida aqui mas é aquilo a que eu chamo de a parte pública da minha vida privada. Aquilo que eu faço fora de casa. A razão pela qual comecei a escrever estes posts foi apenas porque senti que o conhecimento que ganhei com as viagens, os truques, etc, se perdiam. Porque eu me esquecia com o tempo, porque me esquecia de dizer aos amigos quando perguntavam… E várias pessoas a minha volta me disseram que devia começar a escrever. Eu continuo a escrever este conteúdo para mim e para os meus amigos. Se mais pessoas vierem porreiro, mas como já disse por aqui, eu não sou patrocinada, nem quero ser…